Energia solar: muito além do modismo!

25 de julho de 2022

O astro rei nunca esteve tão em alta fora da temporada de verão como agora. E que bom! Porque as pessoas estão flertando demais com a pauta da energia solar. Ela já é a segunda principal fonte de geração de energia do mundo e, no Brasil, sua oferta dobrou em três anos, projeção que deve se repetir nos próximos quatro.

E convenhamos que motivos não faltam para esse match. As fontes de energia limpa unem três fatores: sustentabilidade, economia de luz e valorização dos imóveis.

Sem contar que diminuem as demandas por fontes energéticas altamente poluentes como as derivadas de combustíveis fósseis e reduz a demanda pela energia de fontes hídricas, que, como o previsto, podem ter seus dias contados se não corrermos atrás de alternativas.

O investimento inicial para a aquisição da energia solar pode até parecer custoso, mas seus benefícios são perceptíveis à medida que o sistema instalado se torna capaz de gerar praticamente toda a energia consumida. Com economia de até 90% na conta, o investimento pode ser reembolsado em cerca de três anos. Sem contar o diferencial estético da instalação. Seus módulos sobre os telhados imprimem uma sofisticação de design quase futurista. Dê uma olhada!

#PraTodosVerem: fotografia colorida de um dia ensolarado em que o sol é refletido sobre uma série de módulos fotovoltaicos instalados no telhado de uma casa.

Só que os ganhos estéticos são, na certa, muito menores que os benefícios para todo o planeta. A tecnologia colabora para a diminuição dos gases de efeito estufa, iniciativa necessária para ajudar a conter as temperaturas extremas que levam às secas, incêndios, dentre outros tantos impactos na natureza.

Mas você sabe como essa fonte de energia limpa funciona?

Entenda!

Energia solar: como funciona?

Na imagem acima, você vê uma série de módulos fotovoltaicos, espécies de placas que captam a luz do sol para a produção de energia.

O sistema todo conta com um inversor solar que recebe a energia captada e a converte com características similares à da rede elétrica. Para que esse processo se dê de forma mais otimizada, o ideal é que não haja sombras, para que a luz incida diretamente nos painéis. Quanto maior essa exposição, maior a energia gerada.

Se os raios solares forem recebidos ao longo de um dia inteiro, melhor, porque a liberação de corrente elétrica se dá de forma ininterrupta e se mantém sendo capturada pelos filamentos condutores das placas fotovoltaicas.

Depois desse processo, a energia é encaminhada para o inversor solar, equipamento que transforma a energia produzida no módulo fotovoltaico, que é do tipo CC (corrente contínua), em corrente CA (corrente alternada).

Essa conversão é importante uma vez que a CC não muda o seu sentido ao percorrer o circuito. Ela só se torna apropriada para o consumo após essa conversão.

Os inversores também geram as informações sobre a produção energética do gerador, permitindo o monitoramento da produtividade do sistema.

Após essa etapa, a energia vai, enfim, para o quadro de luz e de lá é feita a distribuição para o imóvel: tudo o que está conectado à tomada passa a ser abastecido por essa fonte inesgotável de energia limpa.

#PraTodosVerem: fotografia colorida mostra uma extensão de energia com seis conectores ligados a ela, posicionada sobre o chão. A extensão tem um botão vermelho de liga/desliga.

E o bacana é que quando você não usa toda a capacidade produzida, a energia vai para a rede distribuidora e você ganha os chamados créditos solares, que podem ser usados em até cinco anos.

Rede distribuidora? Como assim?

O uso dessa energia é regulado pela própria Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão que estabelece as condições para a conexão dos sistemas de energia solar fotovoltaica com a rede de energia elétrica.

Tudo isso porque, no ato da instalação do novo sistema, o seu relógio de luz será substituído por um novo, bidirecional, que mede a entrada e a saída de energia. O relógio mede a energia consumida da rua quando não há sol e a energia solar não consumida quando houve produção em excesso. Daí vem o acúmulo de créditos!

Esses créditos funcionam, na verdade, como um incentivo para a popularização da energia solar, e o acúmulo de créditos vem como uma compensação.

Pense que a energia solar produzida em excesso é enviada para a distribuidora local, que vai descontar o seu consumo de energia elétrica quando seu sistema não produzir energia solar o suficiente em Watts.

Para cada kWh gerado em excesso por quem produz energia fotovoltaica, será recebido um crédito de kWh, que poderá ser consumido ao longo dos próximos 60 meses.

Você perceberá essa transação facilmente na conta de luz, que passa a mostrar tanto a energia que você consumiu quanto a que injetou na rede. Os créditos aparecem quando você acaba injetando mais do que consome, economia que passa a ser ainda maior.

O sol não saiu. E agora?

#PraTodosVerem: fotografia colorida mostra a amplitude do céu em um dia nublado e cinzento, carregado de nuvens.

Sem problemas. Dias nublados também emanam raios solares. A diferença é que a produção de energia será menor nesses dias.

Outra pergunta recorrente é sobre o uso da energia solar à noite.

Quando anoitece, claro, não há como captar raios solares, mas a utilização se mantém normalmente porque você usará a energia produzida ao longo do dia, sem se preocupar com a compra de baterias caríssimas para armazenar a produção diurna.

No todo, o território brasileiro tem um baita potencial para captação de energia solar, mas a região Nordeste sai à frente porque sua localização está mais próxima da linha do Equador.

A região Norte, embora bem posicionada, recebe menos incidência dos raios do sol por conta de suas próprias características climáticas e geográficas, que reduzem o alcance da radiação.

Mas veja, mesmo o sul do país tem potencial. A região recebe a média de 5,0 kWh/m² por ano de incidência solar, número acima do registrado em países frios, a exemplo da Alemanha.

Energia solar serve para piscina ou chuveiro?

#PraTodosVerem: fotografia colorida de uma mulher com a cabeça levemente inclinada lavando a cabeça, no chuveiro. Ao fundo, os azulejos são brancos, e no alto, o chuveiro, de metal.

Serve, sim! Mas conta com um recurso a mais, além dos painéis coletores: o reservatório térmico (boiler).

Aliás, o nome para o aquecimento específico de água é energia solar térmica, ou termossolar, ou ainda, fototérmica.

O sistema combina a captação do sol das placas com tubos a vácuo para transferir o calor para a água.

Qual o investimento para a instalação da energia solar?

Tudo vai depender da complexidade e do tamanho da instalação, mas a média do investimento nos imóveis de menor dimensão é entre R$ 12.000 e R$ 15.000, e os painéis costumam durar entre 25 e 30 anos, esse é, inclusive, o prazo de garantia dos fabricantes.

Segundo especialistas, uma residência com consumo mensal de 300 kWh requer a instalação de 7 placas solares no sistema para que a economia seja de 95% na conta de luz.

Lembrando que o seu bolso agradece, lá na frente, e, de cara, você ainda colabora para a manutenção de toda a natureza!

Fonte: Dialogando - Energia solar: muito além do modismo! Dialogando

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