E se o Ensino Médio pudesse entregar para o aluno formações com foco nas áreas do mercado de trabalho que ele quer? Se ele pudesse escolher disciplinas específicas mais aprofundadas na carreira que está mirando lá na frente, no término da jornada escolar?
Essa é a vontade de 83% dos estudantes ouvidos no levantamento inédito encomendado pelo Todos Pela Educação, estudo realizado pelo Datafolha, em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, o Instituto Natura e o Instituto Sonho Grande.
Quase 8 mil alunos das redes públicas de ensino de todo o país foram ouvidos, entre os dias 08 de fevereiro e 18 de abril de 2022. Os resultados, entregues na última sexta-feira (12/08), mostram que a turma da geração Z tem pressa. Eles não querem ficar postergando a imersão no mundo do trabalho, pelo contrário: 98% dos entrevistados manifestaram que querem fisgar uma vaga, assim que o canudo estiver nas mãos.
E olha que bacana! A busca pela independência financeira não quer dizer que pretendem encerrar os estudos, depois da formatura, porque 65% desejam cursar uma faculdade, enquanto outros 22% miram cursos técnicos.
Mas será que eles estão satisfeitos com o ensino que as escolas brasileiras vêm lhes oferecendo?
A relação com a escola e os professores
Na avaliação de 82%, a escola em que estudam é ótima ou boa, mas parte deles (46%) discorda (totalmente ou em parte) que sempre há todas as aulas, alegando problemas de falta de professores. Quase metade, (49%) considera que os docentes do país não são valorizados pela sociedade, mas, no ideário da maioria (79%), o professor ainda cumpre um papel importante para que possam construir seus sonhos.
Além das disciplinas da base curricular, como Língua Portuguesa, Matemática e Química, 69% manifestaram que com certeza estudariam em escolas que promovessem aulas que os preparassem para planejar o futuro, ensinando técnicas para aprenderem a estudar.
Para esses estudantes, a escola ideal poderia oferecer para cada aluno um professor-tutor dedicado a acompanhá-los individualmente, para esclarecer dúvidas comuns no aprendizado do dia a dia.
82% manifestaram que estariam mais dispostos a estudar em escolas que oferecessem turno de 7 a 9 horas diárias e 3 refeições por dia. Para 91%, o ambiente educacional poderia dar maior protagonismo para que os próprios alunos liderassem atividades culturais, esportivas e iniciativas que melhorem a rotina da escola, resultado que reforça uma forte característica dessa geração: o que eles querem, no fundo, é maior autonomia.
Alerta para a evasão escolar
No ano passado, um levantamento também promovido pela Todos Pela Educação mostrou que a evasão escolar de crianças e adolescentes aumentou 171% na pandemia. Flagelos, infelizmente, sentidos no universo escolar até hoje.
Agora, o estudo aponta que 17% dos jovens pensaram em parar de freqüentar a escola, nos 6 meses anteriores à pesquisa. Cenário que, segundo Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, obriga municípios, estados e gestores a pensarem em novos formatos, urgentemente.
“Viabilizar iniciativas que desenvolvam competências digitais de estudantes e educadores é uma pauta necessária, para tornar a escola um espaço mais conectado com o mercado e atraente para o aluno. Quando os temas se conectam, passamos a enxergar melhorias claras de aprendizagem de conteúdos básicos, diminuição da evasão escolar e, consequentemente, aumento nos índices de empregabilidade dos jovens”, avalia.
E, por falar em escolas mais conectadas, perceba as observações dos entrevistados sobre…
A tecnologia na educação
Quando perguntados sobre as inovações aplicadas no processo de aprendizagem, 94% dos estudantes disseram que concordam (em parte ou totalmente) que o maior uso da tecnologia nas aulas poderia ajudar a melhorar a qualidade da escola. Mas apenas 57% disseram que a escola em que estudam tem acesso à internet e computadores.
Desse contingente, 67% avaliaram que concordam (em parte ou totalmente) que a própria escola faz um bom uso das tecnologias, para apoiar o aprendizado dos alunos, motivo que reforça os esforços da Fundação Telefônica Vivo pela aceleração da digitalização escolar em todo o país
Os dados trazidos acima são uma pequena parte da entrega desse levantamento importante para que órgãos públicos e privados possam colaborar com mais assertividade para a melhoria da educação brasileira e a formação da sociedade que queremos, em busca de um país mais igualitário e justo para todos.
Confira, abaixo, o resultado nacional e para cada um dos 27 estados do Brasil e, se você é professor ou gestor, confira as diretrizes para a aplicação da tecnologia na Nova Base Nacional Comum Curricular e conte para a gente, nos comentários, o que gostaria que melhorasse na sua escola, combinado?
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