Congestionamentos, falta de espaço para estacionar, acidentes e alto índice de vítimas fatais. Resolver estes problemas, comuns à maioria das grandes metrópoles em todo o mundo, é o objetivo de novas tecnologias voltadas à mobilidade.
As soluções combinam inovações como Internet das Coisas, veículos autônomos e conexões de alta velocidade. Algumas já estão em teste e outras previstas para se concretizar em alguns anos, mas todas prometem revolucionar a maneira como nos deslocamos – para melhor.
Denominada C-V2X, a tecnologia que conecta carros, pedestres e a infraestrutura das estradas está em projeto-piloto em 13 diferentes localidades, nos Estados Unidos e alguns países da Europa.
Os testes são conduzidos pela 5GAA – Associação Automotiva 5G, consórcio que reúne montadoras, empresas de telecomunicações e de outros segmentos envolvidos.
A ideia é que a interação entre todos esses elementos permita, por exemplo, avisar com antecedência e de forma imediata o motorista de ocorrências na pista, acionar freios de emergência, gerenciar as condições das rodovias diante de condições climáticas e a sinalização digital.
Isso é possível graças à instalação de chips que habilitam a comunicação entre os automóveis, elementos rodoviários e as redes 4G e 5G dos smartphones dos pedestres.
Uma das cidades envolvidas nas simulações é Colorado, como parte de um planejamento denominado RoadX, que tem como meta acabar totalmente com os acidentes de trânsito recorrendo a essas inovações.
A expectativa é que o produto chegue ao mercado ainda este ano e vire item global de fábrica em veículos novos entre 2020 e 2021. Na Noruega, as autoridades rodoviárias estão avaliando o Road Status Information (RSI), sistema desenvolvido por uma startup sueca que usa algoritmos avançados.
As informações das estações meteorológicas sediadas ao longo da estrada e serviços de previsão do tempo são combinadas com dados fornecidos por veículos conectados.
Baseado em conhecimentos de geolocalização, temperatura ambiente, frequência de limpeza das pistas e nível de atrito, o RSI determina em tempo real e com grande precisão as exatas condições das rodovias no momento e a previsão para até 12 horas.
Ampliando assim a segurança dos motoristas, especialmente no inverno, com as nevascas. O sistema já é utilizado com êxito por alguns serviços de emergência na Suécia e mais de 300 cidadãos noruegueses cadastraram seus automóveis para participar dos testes.
Em uma vertente mais futurista, a Uber está desenvolvendo o Elevate, espécie de carro voador ao estilo de “Os Jetsons” para a prestação de serviços de táxi aéreo.
O protótipo deve começar a ser testado em 2020 em três cidades: Dallas, Los Angeles e Dubai. A empresa fechou inclusive uma parceria com a NASA para criar um novo sistema de gerenciamento de tráfego aéreo que comporte esse tipo de veículo, que será provavelmente autônomo.
A iniciativa é ousada, mas não única. Outras 19 companhias também se dedicam a projetos similares, entre elas gigantes da aviação como Boeing e Airbus, e pequenas mas sólidas startups, como a Kitty Hawk, de Larry Page, fundador do Google.