Você acorda, desliga o alarme, checa as mensagens, olha o Facebook, Instagram e Twitter (mais ou menos nessa ordem). Toma banho, café (tapioca ou pão integral? Qual tem mais calorias? Pesquisa no Google). Manda mensagem para a namorada (que você conheceu no Tinder). Olha o horário do ônibus no Moovit, não vai dar tempo, chama o Uber. Pergunta quanto tempo vai demorar? O motorista diz que o Waze tá indicando meia hora de viagem. Coloca o fone, escolhe uma música por streaming. E assim vai até o final do dia: você, a tecnologia, e o digital, tudo em sinergia. Agora, você já parou para pensar quantas horas a gente passa navegando ali pelos apps e as maravilhas digitais?
Só hoje, antes de chegar na redação e escrever este texto, eu usei 6 aplicativos. Falta ainda verificar o extrato do banco, pagar o aluguel, verificar o que fazer no final de semana, mandar feliz aniversário para dois amigos librianos, entre outras coisas que, com certeza, eu farei via internet, com o meu smartphone em mãos.
Uma pesquisa realizada pela Millward Brown Brasil e NetQuest aponta que, em média, o brasileiro passa 3 horas em frente à tela do smartphone. Precisamente, cada brasileiro passa cerca de 3h14 olhando para o celular (os americanos passam 4 horas). Hoje, estima-se que o brasileiro use até oito aplicativos diferentes em uma semana. No fim, são mais ou menos 45 dias por ano com o celular em mão.
Na Europa, uma pesquisa realizada pela Nottingham Trent University afirma que uma pessoa olha o celular, mais ou menos, umas 85 vezes por dia (você provavelmente está pensando que não faz isso. As pessoas entrevistadas por essa pesquisa também. Esse número é o dobro de vezes do que os entrevistados acreditavam checar o device). A pesquisa afirma ainda que os europeus passam um terço do tempo acordado usando seus smartphones.
Ela está intrínseca nas nossas tarefas e relações. Em geral, não pretendemos passar 45 dias com o celular em mãos, mas passamos sem nem perceber e essa é mais uma particularidade da tecnologia: não pensamos mais sobre ela, ela simplesmente faz parte do nosso dia a dia, e hoje é até difícil de imaginar como seria nossas vidas sem suas possibilidades.
