Game over!
Até a geração Alpha, que já nasceu digital, pode ser pega de surpresa pelas armadilhas que circulam a mil no espetacular e infindável mundo de oportunidades da web. Não tem jeito!
Se falarmos apenas do universo dos jogos eletrônicos, as ciladas podem render desde o roubo de informações pessoais e ataques hackers até riscos para a saúde mental, desencadeados pela ansiedade e as longas jornadas de disputa virtual.
O tema é tão importante para a segurança da turma kids e teen que já lembramos por aqui que a internet não é um jogo e convidamos um baita especialista para entregar os cuidados necessários para que elas se protejam nas plataformas de jogos eletrônicos. Viu, não?
Então confira neste link!
Só que, mesmo entre um desenho ou outro no YouTube, por exemplo, há milhares de links suspeitos pipocando por aí. Sem contar as redes sociais e aquelas pessoas que a gente nem sabe se são, na verdade, quem dizem ser.
Por isso, no mês dedicado à campanha Ninguém é invulnerável na internet, lembramos a você, pai, mãe ou responsável, que se a gente passar a ensinar as crianças, desde cedo sobre segurança na internet estaremos trabalhando para tornar as redes um lugar melhor para todos.
Mas como?
Vem, que a gente te ensina!
5 dicas para ensinar crianças sobre segurança na internet
1. Senhas, senhas, senhas!
Das dicas que se repetirão sempre que a pauta for proteção digital. É muito comum (mesmo entre adultos ainda!) que o excesso de confiança deixe as crianças confortáveis para compartilhar senhas por aí. Isso não pode acontecer, de maneira alguma, nem com parentes que não sejam os pais ou responsáveis.
Ensine aos pequenos que as senhas não podem ser fáceis como as clássicas “senha123” ou aquelas que remetem à data de aniversário. Ainda que nem os navegadores seniores tenham se habituado, é sempre melhor pedir para que se adaptem a usar o gerenciador de senhas para que o sistema gere os códigos por si mesmo, ao invés de tentarem decorá-las.
Chame a atenção também para o compartilhamento entre sites e apps, que não deve acontecer em hipótese alguma, ok?
2. Ensino sem textão
Tudo o que é divertido é muito melhor compreendido, e já existem muitos caminhos lúdicos para que as crianças aprendam sobre segurança na internet.
Recentemente, a Maurício de Souza Produções lançou a edição Turma da Mônica em Proteção de Dados, em parceria com o Google. O gibi apresenta o professor Spada, que conduz Mônica e sua mãe em uma jornada de aprendizado sobre segurança de dados, cheia de aventuras. Vale muito a pena conferir!
O portal Internet Segura também cumpre uma agenda importante na educação digital das crianças. Há poucos meses, a plataforma lançou a segunda edição dos guias Internet Segura com brincadeiras, atividades e muito conteúdo voltado à navegação consciente nas redes.
Por lá, você encontra materiais exclusivos para pais e responsáveis, com boas dicas para proteger a privacidade dos pequenos e aplicar tecnologias de controle parental no dia a dia.
3. Cuidado onde clica
Entra ano, sai ano e o tema phishing, que a gente já trouxe por aqui, continua sendo um dos maiores alertas de especialistas, que advertem: o golpe está entre um dos maiores perigos da internet. E isso porque links maliciosos geralmente exploram a curiosidade e a ingenuidade de uma criança, e essa armadilha, que começa de forma despretensiosa – um simples clique – pode acabar no ransomware: a instalação de um software malicioso que criptografa e sequestra arquivos e dados ou bloqueia acessos a um sistema.
Resultado: os cibercriminosos fazem das vítimas efetivamente reféns e exigem que paguem valores altos para terem seus acessos liberados.
Por sorte, o mundo infantil já conta com a campanha Defenda-se, desenvolvida pelo Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI), que produziu uma animação temática sobre Autodefesa e Segurança On-line. De cara, os vídeos com personagens infantis, ainda trazem atitudes preventivas para situações que podem levar a potenciais riscos de violência sexual on-line.
Prepare o hot dog, o suco ou o refri e convide seu filho para maratonar junto contigo a série de 14 episódios, aqui!
4. Fale sobre dados pessoais
Alguns caminhos acima vão te ajudar muito a ensinar as crianças sobre a importância dos dados pessoais, mas vale o reforço constante, porque quando falamos de crianças e adolescentes, o grande impasse começa com a coleta de dados pessoais massiva, clandestina ou de forma não transparente.
Quem trata muito deste eixo é o famoso documentário O Dilema das Redes, disponível na Netflix. A produção deixou muitos pais de cabelo em pé ao descobrirem que pode haver corporações mal-intencionadas manipulando algoritmos para induzir os jovens a querer o que eles nem sabiam que existia, por mero interesse comercial delas mesmas – o que faz toda diferença na fase de desenvolvimento.
Por isso, reforce, sempre que os dados pessoais são tão importantes quanto os dados de um cartão de crédito, porque a combinação do nome, CPF, RG, endereço e telefone podem torná-las facilmente identificáveis quando disponíveis na internet.
5. Meus pais, meus amigos!
A velha técnica de educar à base do terror parece que vem passando, não é mesmo? E que bom! Porque já está mais que provado que o caminho do amor é bem mais eficiente que o da dor, ainda que, em algumas situações, valha aquele “puxão de orelha” verbal.
Seu filho teve algum comportamento que o expôs a algum perigo na internet? Converse!
Deixe sempre as portas abertas, para que ele adquira a confiança necessária em você para compartilhar suas dificuldades e erros, porque esse ainda é o caminho mais eficaz da educação.
Lembre-se que o acolhimento – especialmente na fase de desenvolvimento das crianças – vai reforçar o afeto entre vocês e ajudá-lo a lembrar que ele não precisa sofrer, nem arcar com as consequências de tudo sozinho!
