Por aqui, já falamos que estamos absolutamente loucos para que o metaverso saia logo do conceito e nos coloque direto nos espetaculares mundos tridimensionais onde o limite será a nossa própria imaginação!
E se você não conferiu, é bom clicar neste link, para entrar de vez para o nosso time e levantar a tag #MetaversoPraOntem.
Só que também somos responsáveis e, antes de tudo, trabalhamos pelo uso consciente da tecnologia. Cenário que nos obriga a alertá-lo sobre os possíveis riscos de segurança a que estaremos expostos e sobre como nos proteger quando a inovação, enfim, vier pra valer.
Antes de entrar na pauta, vale a pena contextualizar um pouco o momento atual.
Hoje, encontramos o cenário mais aproximado do metaverso em jogos como o Fortnite e o Minecraft, que proporcionam ambientes em que jogadores se juntam em mesmas instâncias do game e interagem entre si — proposta bastante rasa ainda se comparada à dos idealizadores da imersão tecnológica.
No todo, podemos entender que a tecnologia é um espaço que proporciona experiências em espaços virtuais, com influências da vida real. Isso é possível com a combinação da realidade aumentada.
Mas o que estamos esperando, afinal, para dar o passe de entrada oficial?
a) A chegada do 5G;
b) O aprimoramento da realidade aumentada;
c) E o barateamento dos óculos de realidade virtual com fones de ouvido e sensores, ferramenta imprescindível para o metaverso, mas ainda pouco acessível para o bolso da maior parte dos consumidores (no Brasil, seus preços variam entre R$ 3.200 e R$ 12.000).
Enquanto isso, nos bastidores da tecnologia, tem muita coisa acontecendo e muita para acontecer até a popularização desses equipamentos. Estima-se que o metaverso só será realidade no mundo entre cinco e dez anos.
De qualquer forma, já foi dada a largada à corrida do ouro da inovação e muitas empresas já estão trabalhando para migrar ou implementar seus negócios nesse ambiente totalmente virtual. Pressa que pode ignorar protocolos de segurança necessários ao contexto da tecnologia.
Metaverso: quais os riscos, afinal?
Não é novidade que a empresa Meta – aquela, que até pouco tempo se chamava Facebook – vai ditar as leis do metaverso. A troca do nome, aliás, diz respeito a isso mesmo.
Lá na página da Meta, eles dizem:
“O metaverso é o próximo passo na jornada de conexões sociais. A visão da nossa empresa é dar vida ao metaverso. E para refletir o nosso comprometimento com este futuro, estamos mudando o nosso nome”.
Só que o metaverso não é um produto independente e único, como o conglomerado de aplicativos que pertencem à marca (Facebook, Instagram e WhatsApp). Também não é um sistema operacional, como o Windows, ou um hardware, como uma webcam.
E é aí que está a necessidade de cuidados redobrados, porque o metaverso funcionará como uma “constelação de tecnologias”, como diz a própria Meta:
“Não será construído, operado e gerido somente por uma empresa ou instituição. Serão necessárias várias empresas grandes e pequenas, a sociedade civil, o setor público e milhões de criadores individuais. Não é um único pedaço de pano, mas uma colcha de retalhos”.
No contexto descrito acima, o maior desafio será criar uma rede de padrões, normas, regras públicas e privadas para permitir que ele opere entre jurisdições com o objetivo de solucionar quaisquer conflitos de interesse e, consequentemente, resguardar a segurança de todos.
Para você ter uma ideia, especialistas arriscam dizer que, se sua implementação não se der com calma, de forma estratégica, a concretização do metaverso poderá representar uma ameaça à soberania de governos, já que sua proposta inclui a comercialização de moedas extraoficiais.
No entanto alertam para outras preocupações, que você confere abaixo.
Privacidade no metaverso
Acima, falamos que esse universo requer um conjunto de acessórios e hardwares responsáveis por estabelecer ligações entre as pessoas e o mundo virtual. Assim como acontece com os smartphones, esses novos recursos podem criar caminhos para captar os dados dos usuários.
Nossos dados podem ser grandes instrumentos de poder quando manipulados por corporações públicas e privadas, por isso, daqui até a chegada da inovação, desenvolvedores terão que trabalhar muito para que nossas informações não sejam expostas a vulnerabilidades.
Blockchain
Recentemente, no glossário da segurança digital, falamos do blockchain, tecnologia que permite a negociação de criptomoedas. Lá no metaverso, posses e informações de valor serão armazenadas em blockchains descentralizadas que pretendem garantir a privacidade das transações dos usuários no ambiente tridimensional.
Só que esses espaços armazenam arquivos em carteiras digitais conectadas à internet, e se por um lado tornam mais acessível o acesso de usuários, por outro, também se tornam mais vulneráveis ao ataque de hackers mais experientes.
Fake News e teorias da conspiração
O metaverso poderá nos expor aos mesmos enfrentamentos atuais das redes sociais convencionais, problemas que já existem em plataformas conectadas à realidade virtual, muitas vezes usadas para a disseminação de discursos racistas e mentiras de todos os níveis.
Vale lembrar que a inovação é exponencialmente mais complexa que espaços como o Facebook e o Instagram. Nesse sentido, terá que haver um trabalho intenso de regulamentação para que essa realidade não impulsione a veiculação de discursos de ódio e das perigosas fake news em um nível muito mais assustador que o atual.
As crianças no metaverso
Há muito tempo, o mundo virtual vem discutindo maneiras de impedir a ação de abusadores infantis e de consumidores de pornografia nas plataformas. Essa realidade é, infelizmente, enfrentada hoje, mas terá que nos deixar ainda mais alertas com a chegada do metaverso.
As medidas parentais e a constante supervisão de pais e responsáveis serão decisivas para protegermos nossas crianças de eventuais encontros com pessoas mal-intencionadas.
Mas acalme-se! Já temos dicas essenciais de como protegê-las no ambiente virtual. Entenda no post!
O catfish
Catfish é um golpe muito comum nas redes: são indivíduos que se passam por outros por meio da criação de identidades falsas, quase sempre com o objetivo de stalkear e perseguir pessoas.
A recomendação será manter contato fora do mundo virtual com os usuários encontrados no metaverso a fim de identificar se suas identidades são reais.
Inovar nunca foi surfar na onda da segurança, sempre se tratou de testar, buscar corrigir falhas e aprimorar tecnologias para garantir ambientes mais saudáveis e seguros, não é mesmo?
Estamos na torcida para que as leis no universo digital evoluam e para que desenvolvedores, programadores e cientistas de dados obtenham êxito daqui até a oficialização do metaverso, para que a gente possa usufruir do mar de oportunidades que a inovação terá a nos oferecer.
Fique com a gente, porque nenhuma novidade sobre a inovação mais cobiçada da atualidade passará imune pelo Dialogando!
Nos vemos nas próximas atualizações!