No trânsito, o sentido é a vida — esse é o grande lema da campanha de 2019 do Maio Amarelo, mês de conscientização sobre segurança e educação no trânsito.
Pensando nisso, conversamos com Karine Winter, a psicopedagoga do Departamento de Trânsito de Balneário Camburiú, para saber para saber como ensinar crianças sobre o assunto – e quais sites dão uma ajuda especial na hora de conscientizar os pequenos.
Educação no trânsito x aprendizagem das crianças
De acordo com Karine, os pequenos lembram sim dos ensinamentos depois que crescem e toda informação é bem-vinda desde cedo: “A aprendizagem inicia-se no ventre e nunca tem fim. É preciso introduzir, desde cedo, a autonomia e a educação no trânsito”.
Mas, além da autonomia, existem outros passos importantes na educação de uma criança, tanto para questões de trânsito como diversos assuntos, que veremos a seguir.
O processo de aprendizagem infantil
Autonomia é o terceiro passo do processo de aprendizagem infantil. O primeiro chama-se anomia, que é quando a criança ainda está entendendo o mundo. Ela ainda não sabe bem como socializar, dividir e está entendendo ainda como funcionam regras e limites.
O segundo, heteronomia, instala-se quando já existe uma noção de convívio social, relação com o próximo e os primeiros aprendizados sobre compartilhar espaços e consideração pelo outro.
Por fim, temos a autonomia — quando ela já está apta a cooperar com o sistema de regras morais e sabe que deve respeitar normas não só porque será punida, mas sim porque é a coisa certa a se fazer todos os dias, mesmo que não esteja ninguém olhando.
Ou seja: ensinar de maneira consistente por todas essas fases cria uma base sólida para que o indivíduo não se desvirtue no futuro. “É preciso que exista o entendimento da postura preventiva, da segurança. Compreender que mesmo que respeitar as normas é prezar pela sua vida e a do próximo, mesmo longe de fiscais da lei”.
Dicas online para ajudar com a abordagem positiva
Karine dá a dica de sites que podem ajudar nesse momento de diversão e educação: Turminha da Segurança, que traz jogos, atividades e até desenhos para colorir; e o portal Criança Segura Brasil, que tem muitos materiais didáticos perfeitos para a conscientização no trânsito. Além desses, o site da Turma da Mônica tem uma cartilha sobre o assunto!
Ela também reforça que uma abordagem positiva é essencial para que nada seja assustador ou entediante demais. “É muito mais prazeroso aprender ouvindo ‘sim’! E criar atividades lúdicas é essencial”, conta.
Teatro de fantoches, brincadeiras, atividades coletivas na escola ou em família são mais do que bem-vindas. “A criança precisa aprender tranquilamente, sem grandes imposições ou tom negativo”.
“Uma criança que sabe respeitar a fila da cantina, provavelmente saberá respeitar as regras de trânsito”, explica Winter. “Aprendemos muito mais quando as ações partem de nós mesmos!”.
Incentivar situações positivas de respeito e discutir sobre ética e cumprimento de normas de um jeito tranquilo é uma maneira de criar alguém pronto pra viver em sociedade de um jeito mais saudável.
“Faça o que eu digo” não combina com a educação no trânsito
E saiba que, no fim das contas, de nada adiantam todas essas dicas se os adultos em volta não derem o exemplo. “Não adianta nada aquela coisa de ‘faça o que eu falo e não o que faço’, né?”, pontua Karine.
“É preciso orientar sobre comportamentos adequados e realmente aplicá-los”. Crianças aprendem observando quem está perto delas, sempre.
Além das dicas da Karine, que tal ouvir o que a psicóloga infantil Gabriella Machado e o pai e podcaster Helio Gomes têm a dizer sobre o assunto? Os dois são os convidados do primeiro episódio da nova temporada do Podcast Dialogando.
Lá, eles deram dicas especiais, exemplos claros e contaram histórias sobre como aplicar as indicações no cotidiano das crianças. Tudo isso de um jeito bem divertido, é claro! Para ouvir, você pode acessar o Spotify ou clicar aqui!
#temhorapratudo! A hora de aprender sobre ser um cidadão mais prevenido é muito importante — por isso a educação no trânsito deve começar cedo.
Assim, formamos cada vez mais motociclistas, pedestres, ciclistas e motoristas bem mais responsáveis e preocupados com questões relacionadas à direção defensiva e à segurança geral nas ruas!