Cerca de 7,4 milhões de brasileiros realizaram algum tipo de trabalho voluntário em 2017. Um aumento de 12,9% em relação a 2016, segundo a pesquisa Outras Formas de Trabalho – PNAD Contínua, do IBGE.
Parece muita gente, mas equivale apenas a 4,4% da população acima de 14 anos. Há um contingente enorme de pessoas que poderiam participar deste verdadeiro exército do bem.
A boa notícia é que, em tempos de sociedade conectada, isso está muito mais fácil, ao alcance da tela do celular. Aplicativos, sites e redes sociais ampliaram de maneira significativa as diferentes maneiras de engajamento social.
De doações a iniciativas de crowdfounding até a colaboração com apps de mobilidade e inclusão, como o Guia de Rodas e o Be My Eyes. Não faltam opções para ajudar.
O mundo digital extrapola as fronteiras e as possibilidades de atuação, não só das ações que podem ser realizadas”, destaca o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Americo Mattar, “mas também na forma como se pratica o voluntariado, e isso é uma tendência crescente no mundo todo”
Considerado o maior e mais abrangente programa de voluntariado do Brasil, recebeu em agosto, o Prêmio Viva Voluntário 2018.
A premiação do governo federal reconhece a atuação de cidadãos e entidades responsáveis por atividades voluntárias. O objetivo de incentivar o engajamento social e a participação dos cidadãos em ações transformadoras para a sociedade.
A Fundação Telefônica Vivo é uma das pioneiras no esforço corporativo de engajar os funcionários em causas sociais. Desde 2005 possui um programa estruturado de voluntariado.
Como uma das maiores empresas no segmento de telefonia e tecnologia, aplica dentro de casa também os recursos oferecidos pelas inovações digitais.
“Entre nossos projetos, temos o Dia dos Voluntários. É uma experiência muito bem-sucedida em que nossos colaboradores trabalham simultaneamente em todo o mundo em instituições previamente selecionadas”, conta Mattar.
“Este ano, no Brasil, 56 entidades serão beneficiadas. E, com os recursos on-line, mesmo aqueles que não podem se ausentar de seus postos de trabalho para atividades presenciais conseguem participar. Funções remotas como, por exemplo, no cadastramento de notas fiscais são alternativas”, diz.
Outro projeto da Fundação que potencializa as facilidades oferecidas pelos avanços tecnológicos é o Game do Bem. A plataforma incentiva de maneira lúdica o voluntariado digital entre os funcionários.
Com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o jogo cria um ambiente interativo e colaborativo, com diversas missões a serem cumpridas.
“Com esse recurso, tivemos um incremento de mais de 40% de voluntários ativos em ações sociais em 2017, e permanecemos com boas expectativas para 2018”, ressalta Mattar, que acredita que o segredo do engajamento está no envolvimento e participação desde o início dos processos.
“São os colaboradores que indicam as instituições atendidas no Dia dos Voluntários e, mesmo no Game do Bem, eles podem sugerir e criar missões. É pela dedicação e motivação deles que tudo acontece”, aponta.
Para o diretor da Fundação Telefônica Vivo, mais que prestar bons serviços e produtos, as empresas precisam estar conectadas com o interesse coletivo.
“Não é preciso necessariamente constituir uma entidade, é possível investir em programas sociais já existentes, mas a responsabilidade social está primordialmente relacionada à ética e à integridade”, explica.
“Isso, aplicado aos negócios, significa o tratamento adequado com os colaboradores, fornecedores ou ainda como a empresa busca reduzir o impacto ambiental de sua operação, entre outras diretrizes e, neste contexto, a atuação social voluntária já é vista inclusive como uma vantagem competitiva na retenção e desenvolvimento de talentos”.
Segundo a pesquisa “Além do Bem”, do Bank of America de 2017, 62% dos profissionais consideram que um bom programa de voluntariado é um grande diferencial na escolha de um emprego.
E cerca de 89% dos gestores consideram que o voluntariado empresarial faz a pessoa ser um profissional melhor.
“São dados que comprovam que o que aprendemos nestes mais de 13 anos de Programa de Voluntariado”, afirma o diretor, “ser voluntário é uma experiência transformadora em todos os sentidos”,