Não? É fácil entender. É como os movimentos internacionais de conscientização Outubro Rosa (câncer de mama) e Novembro Azul (câncer de próstata) – só que para despertar a preocupação das pessoas para um problema que não para de se agravar: os acidentes de trânsito em todo o mundo.
A fitinha amarela com um laço cruzado é, como nesses outros movimentos, um símbolo que identifica o engajamento de quem a prende no peito e chama a atenção de quem a vê.
A cor não é por acaso. Nas placas amarelas da sinalização viária, todo condutor (motorista e motociclista) sabe que há uma advertência no trânsito e também nos semáforos é a cor que quer dizer “atenção” – uma das atitudes mais importantes para impedir que todo ano morra cada vez mais gente nas ruas e estradas.
Em 2009, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de pessoas perderam a vida no trânsito em 178 países pesquisados – mais de 3.000 por dia. Outras 50 milhões sobreviveram, mas com sequelas permanentes.
Sem ações e medidas para aumentar a segurança nas ruas e estradas, a OMS prevê que até 2020 o número de mortes chegue a 1,9 milhão e, dez anos depois, a 2,4 milhões. Os números alarmantes levaram a OMS a propor a ONU uma mobilização em todo mundo.
Em 2010, todos os países membros assinaram a criação da Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020 a fim de promover medidas para reduzir essas estatísticas.
O movimento Maio Amarelo nasceu nesse contexto em 2014, aqui no Brasil, pelo Observatório Nacional de Segurança Viária.
A internet, como não poderia deixar de ser, tem dado um impulso significativo para as várias ações de conscientização que o Maio Amarelo e seus apoiadores realizam não só nesse mês, mas ao longo de todo o ano.
Em maio do ano passado, foram mais de três mil ações de conscientização, com mais de 200 mil visitas ao site do movimento e 1,5 milhão de pessoas no Facebook. Inúmeros vídeos no YouTube, de depoimentos a orientações sobre como agir no tráfego, ajudam na disseminação de informação – como: porque usar o cinto de segurança no banco de trás, ingrediente básico de qualquer receita de tomada de consciência.
Os países em desenvolvimento são os que mais precisam de informação. De cada dez pessoas que não sobrevivem a um acidente de trânsito, nove delas estão em países em desenvolvimento (Brasil e México estão entre os dez primeiros), embora eles tenham menos da metade da frota mundial de veículos.
O site do Maio Amarelo pontua que a OMS propõe que esses países criem leis que abranjam os cinco principais fatores de risco: dirigir sob efeito de bebida alcoólica, excesso de velocidade e o não uso de capacete, cinto de segurança e cadeira para bebês.
A indústria automobilística não para de trazer novas tecnologias para aumentar a segurança, mas elas perdem sua finalidade se nem os itens básicos são utilizados – o que faz do trânsito, acima de tudo, uma questão de conscientização.
E você, toma medidas de segurança antes de dirigir? Diga nos comentários!