Em tempos de pais e filhos conectados, a tecnologia ajuda a transpor distâncias, cuidar e zelar pela segurança.
Estudo realizado pelo Facebook com mais de 8.300 participantes em oito países – incluindo o Brasil – apontou que 46% dos pais acreditam ter hoje uma conexão maior com seus pequenos do que tinham com seus próprios pais ao longo de sua infância e adolescência.
Cerca de 31% afirmam que os dispositivos móveis os ajudam a ser pais mais produtivos, mas o uso varia conforme a faixa etária da criançada ou momento de vida: 74% recorrem aos celulares para mostrar para a família as primeiras conquistas do bebê.
Aproximadamente 54% adotam como um recurso a mais de entretenimento quando são menores. E para 71%, são as ferramentas ideais para conseguir se manter sempre em contato com os adolescentes.
Nada mais natural para a chamada geração Z – ou todos os indivíduos nascidos nos últimos 20 anos e que, segundo a Forbes, já representam 25% da população mundial.
São filhos que já chegaram ao mundo em um ambiente tecnológico, digital e multimídia, e estão muito confortáveis com isso. O pequeno Enzo, de 10 anos, é um legítimo representante dessa nova geração.
Desde cedo, já brincava com aplicativos educativos em tablets e celulares, se divertia em sites de entretenimento infantil na rede, e hoje utiliza o próprio aparelho para se comunicar com os pais e amigos, tudo sob a supervisão familiar, claro.
“Recentemente, fiz uma viagem para a Índia, fiquei 30 dias fora, e a gente se comunicava todo dia pelo Facetime ou ligações no WhatsApp”, conta o pai, o relações públicas Thiago Valadares.
“Então, mesmo estando do outro lado do mundo, conseguia estar perto dele, ver, ouvir e até fazer a lição de casa junto”, continua.
“Esta semana mesmo, ele voltou às aulas e usou o celular para nos avisar de uma mudança na grade de aulas, e que teríamos que busca-lo mais tarde”.
“Então é algo que transmite segurança, de ele poder nos contatar, e ainda usamos um aplicativo de geolocalização, assim conseguimos sempre conferir onde ele está”, diz.
Valadares concorda que a tecnologia, se usada de forma saudável, pode de fato aproximar mais pais e filhos, mas destaca que é preciso também manter uma relação equilibrada com o mundo off-line.
“Nós nos divertimos muito juntos acessando conteúdos on-line que nós dois gostamos, assistindo a vídeos, jogando, mas apesar de o Enzo ter à disposição uma série de equipamentos, ele joga futebol, faz judô, natação, tem uma vida desconectada que é muito importante, e cabe a nós estimularmos esse uso consciente e evitar abusos dos recursos digitais”.
Facilitar a comunicação foi o que motivou da mesma forma o empresário da área de robótica Rafael Oliveira a instalar o WhatsApp para bater papo com as filhas, Clara, de 10 anos, e Maria Rita, de 5 anos.
“Eu estava em viagem à China e elas adoraram a ideia. Fazíamos chamadas de vídeo para matar as saudades e até para elas escolherem os mimos que eu levaria, a distância gigante ficou relativamente pequena com esse recurso”, conta.
“O problema é que agora, toda vez que a caçulinha briga com a irmã ou com o priminho, ela quer fazer uma videoconferência, pedindo socorro para o papai”, conta bem-humorado. Não importa dia, nem hora, ela sabe que o papai está sempre conectado”, diz.
Confira aqui dicas da SaferNet para garantir mais segurança para a criançada na internet e um episódio especial do Podcast Dialogando que fizemos sobre como combater o bulling na internet.