Atualizado em 08/10/2020
Como segundo tipo de câncer mais comum no país, o câncer de mama atinge cerca de 66,280 pessoas só no Brasil, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Se for detectado em seus estágios iniciais, a chance de cura pode chegar a 90%.
A boa notícia é que a mamografia, um dos métodos mais eficazes para realizar o rastreamento precoce, ganha avanços tecnológicos que prometem maior precisão e menos incômodo.
O aparelho que promete reduzir o desconforto ocasionado pela compressão das mamas já tem previsão para chegar por aqui. De acordo com pesquisa feita pelo fabricante, em comparação com o mamógrafo tradicional, 93% das usuárias que antes sentiam algum nível de dor no exame, destacaram não ter tido incômodo com o novo dispositivo, que se adapta ao formato da mama.
A funcionalidade tem imagens 3D em alta resolução, assegurando uma leitura tridimensional e mais nítida de possíveis lesões. Essa técnica, denominada tomossíntese, foi apontada por estudo, publicado na revista científica Radiology, como capaz de ampliar em até 90% o poder de diagnóstico do câncer.
A origem da mamografia é de 1913, quando o médico alemão Albert Salomon efetuou o primeiro exame mamário com tecnologia de raios X, verificando o conteúdo obtido em mastectomias para verificar a existência de microcalcificações.
Em 1930, o americano Stafford Warren fez a primeira mamografia em um paciente, desenvolvendo uma técnica de produção de imagens estereoscópicas dos seios.
Em 1950, o uruguaio Raul Leborgne apurou que as imagens diferiam conforme a posição do corpo e que a compressão era relevante para melhores resultados. Credita-se a ele a associação do aparecimento do câncer no seio com as microcalcificações, presentes em 30% dos casos radiografados.
O primeiro aparelho para análise do tecido mamário chega em 1966, desenvolvido pela GE, que também criou em 1980 equipamentos especiais para a compressão. Em 2000, a leitura digital revolucionou mais uma vez o exame, substituindo os filmes usados.
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