Criado pelo jornalista Edgard Matsuki em junho de 2013, o site Boatos.org pretende resolver a questão de desinformação nas redes sociais. De forma colaborativa e contando com o apoio de leitores, o portal mostra o que é fato e o que é boato que circula pela web. Quem acessa, pode denunciar ou perguntar sobre a veracidade de determinadas notícias.
Mas para voltar atrás um pouco, é importante entender de onde podem surgir esses boatos. “Existem sites que ganham dinheiro com cliques – a cada mil visualizações, eles ganham um valor. Aí criam-se links que chamam a atenção para se ganhar dinheiro”, explica Edgard sobre as motivações comerciais por trás dessas notícias.
Como “caçador de boatos”, condição em que Matsuki mesmo se coloca, ele diz conseguir reconhecer alguns padrões quando se trata de boatos online.
Uma das características básicas é o caráter bombástico da publicação, diz ele.
“Muitas vezes as manchetes são escritas inteiramente em maiúsculas e abusam dos pontos de exclamação”, completa. Outro aspecto recorrente dos boatos é o texto ter um tom de pedido para ser compartilhado.
Entre os temas que mais geram boatos estão política, religião ou saúde, sendo os últimos dois Matsuki os mais perigosos, segundo Edgard. “Recentemente, tivemos que desmentir uma notícia que dizia que o limão congelado ajuda no tratamento do câncer, o que não é verdade. E isso é muito perigoso, pois pode levar uma pessoa a interromper um tratamento para utilizar algo que não vai resolver seu problema”, diz ele.
A solução para isso, segundo o jornalista, passa necessariamente pela educação. “Boato e fofoca existem desde que o mundo é mundo”, diz. “Com a inclusão digital, tem aumentado a disponibilidade de informações, mas também a de desinformação. Quanto mais conteúdo, mais informações falsas irão circular. Mas o que acontece é que hoje ensinam as crianças e adolescentes a utilizar a tecnologia, mas não a refletir sobre ela. É preciso que isso faça parte do processo educativo”.
Em caso de dúvida sobre uma notícia, Matsuki recomenda sempre uma checagem. “90% das notícias falsas caem por terra após uma simples pesquisa no Google”, diz ele.
Muito bom obrigado pela dicas ja estou colocando em platica
Legal, Irineu! 😀