Encher a sacola no maior bazar virtual do mundo exige cuidados

19 de novembro de 2018

Em junho deste ano, o Instagram atingiu mais de 1 bilhão de usuários ativos por mês em todo o mundo. Segundo dados da rede social, 80% desse pessoal todo segue pelo menos um dos mais de 15 milhões de perfis comerciais, 60% já descobriu um novo produto ou serviço por ali e 30% efetuaram uma compra a partir da plataforma.

Desde março, os brasileiros podem contar ainda com o recurso “Compras”, que possibilita que os proprietários de perfis empresariais criem uma aba gratuita para expor seus produtos, com links diretos para as lojas virtuais e ferramentas de e-commerce, beneficiando especialmente pequenos e médios empreendedores.

Embora seja tentador aproveitar as ofertas desse bazar online gigantesco, impulsionado pelas fotos bacanas dos produtos, é preciso tomar as mesmas medidas de segurança recomendadas para qualquer transação comercial online, como explica o diretor de Educação da ONG SaferNet, Rodrigo Nejm.

“Hoje os criminosos também estão no Instagram, em geral criando perfis falsos, mas muito bem elaborados, com seguidores e comentários inventados, para vender produtos piratas ou mesmo inexistentes”, aponta.

“Ao clicar em algum produto em oferta, esses sites redirecionam o usuário para páginas fraudadas onde, além de fazer o pagamento diretamente para os fraudadores, o consumidor pode ter seus dados e senhas roubados”, acrescenta.

De acordo com o diretor da SaferNet, é importante que o usuário pesquise sobre a reputação dos vendedores fora da plataforma também, incluindo a verificação em sites como o Procon e o Reclame Aqui.

“As lojas oficiais das marcas também possuem o selo azul de verificação, indicando que o Instagram checou aquele perfil e que aquele é o representante legal do CNPJ”, ressalta.

“É sempre preferível usar as plataformas de pagamento, como o Mercado Pago, UOL Pagseguro, Paypal, já que ali o usuário tem o suporte de segurança e muitas vezes a fraude já é detectada pelo próprio sistema deles”, recomenda.

“Se for usar boleto, é bom revisar se o nome e o CNPJ da loja são os mesmos que aparecem no cabeçalho, senão, pode ser um indício de golpe, além de nunca fazer transferências bancárias diretas, que é o meio mais vulnerável”.

Nejm lembra que é essencial que os pais orientem os filhos adolescentes também sobre esses riscos, já que muitos jovens conectados fazem compras na rede social. Há um manual, preparado em parceria pela SaferNet e pelo Instagram, com dicas de como conversar com os filhos para passar informações importantes sobre a plataforma.

“Por último, é muito importante sempre denunciar os golpes ou perfis suspeitos, tanto no próprio Instagram, para que o perfil seja bloqueado, como nos órgãos de defesa do consumidor como o Procon, que possui uma lista sempre atualizada de sites não recomendados” avisa.

“Guarde todas as provas como prints, e-mails, mensagens e telefones de contato, pois esse tipo de crime também pode ser denunciado na delegacia de polícia, levando todos estas comprovações”, afirma o diretor.

Fonte: Dialogando - Encher a sacola no maior bazar virtual do mundo exige cuidados Dialogando

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