Fontes seguras na internet

27 de janeiro de 2016

Imagine a seguinte cena: alguém lhe conta uma história altamente improvável e cheia de incongruências, como se fossem fontes seguras. Apesar de desconfiar da história, por achar que ela tem alguns furos, assim mesmo você imediatamente pega o celular e liga para várias pessoas do seu círculo social para passar o boato adiante.

Se essa situação parece um pouco absurda, saiba que ela acontece diariamente na internet, em especial nas redes sociais e nos grupos do WhatsApp.

A corrente de desinformação, seja ela sobre política, saúde ou celebridades, para ficar em três exemplos recorrentes, é um sintoma moderno decorrente do volume de conteúdo despejado a todo momento por milhões de sites em todo mundo. Porém, se não temos o hábito de repassar boatos e inverdades na vida offline, por que o faríamos na web?

Para Mário Messagi Junior, professor do curso de Comunicação Social da UFPR, a propagação de boatos e notícias falsas é resultado de um consumo mais rápido de informação, sem grande aprofundamento. “Nunca se leu tanto como agora”, diz Messagi. “Por causa da internet e das mídias digitais, o publico acessa, lê e produz muito mais conteúdo do que antes. E os leitores iniciantes, que também têm o poder de manifestar sua opinião, seja comentando, curtindo ou compartilhando, nem sempre estão preparados para este novo contexto.”

Por isso, é importante orientar adolescentes sobre como pesquisar melhor suas fontes seguras. Muitas vezes basta uma rápida checagem pelo Google ou outro mecanismo de busca para perceber que uma história não passa de boato. Messagi recomenda prestar atenção no conteúdo do texto compartilhado e se não há algo que soe suspeito. “Muitas dessas histórias não se sustentam em si mesmas”, diz ele.

Quando começamos a perceber os pontos comuns apresentados pelas notícias falsas, mais apurado se torna o senso crítico de quem lê. Então é bom abrir o olho quando se depara com notícias cujas manchetes têm caráter bombástico ou milagroso, principalmente quando vêm de fontes desconhecidas.

Para Messagi, também vale à pena questionar o que nós mesmos muitas vezes damos como certo. “Não confie em algo apenas porque vêm de encontro ao que você já acredita ser verdade. Não é porque temos uma opinião que ela representa necessariamente a verdade”, alerta ele.

Dicas para compartilhar fontes seguras na internet:

  • Procedência: o site que deu a matéria têm um histórico de confiança ou é totalmente desconhecido?
  • Checagem de fatos: ao fazer uma busca na internet a notícia aparece em outros sites?
  • O conteúdo é bombástico, acusatório ou milagroso? Muitos sites apelam para manchetes sensacionalistas em busca de mais cliques. Será que não é esse o caso?
  • Controlar o impulso: na dúvida, é melhor não postar para não difundir o que pode ser uma inverdade.
  • Compartilhar o conhecimento: viu que alguém postou uma mensagem falsa? Utilize os comentários para desmentir de forma educada, claro o boato. De preferência, com embasamento.

Coloque estas dicas em prática e cheque sempre se a notícia é verdadeira ou não!

Fonte: Dialogando - Fontes seguras na internet Dialogando

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