Pesquisa do Cetic.br revela que mais de 24 milhões de crianças e adolescentes brasileiros entre 9 e 17 anos – equivalente a 82% do total – utilizam a internet de forma rotineira.
O advento da sociedade conectada faz com que a tecnologia se integre naturalmente ao dia a dia da garotada da nova geração também na hora de brincar, levando pais e especialistas a debaterem até que ponto essa influência digital é positiva.
Mas pesquisadores apontam que, se conduzida de maneira apropriada, a combinação entre inovações tecnológicas e diversão pode trazer benefícios. Em estudo realizado para a Harvard Medical School com mais de mil estudantes de escolas públicas, a psiquiatra norte-americana Cheryl Olson identificou que os jogos on-line atuam favoravelmente sobre a criançada em uma série de aspectos.
Ajudam a desenvolver habilidades para resolver problemas e expandir a criatividade, estimulando a capacidade cerebral.
Inspiram o interesse pela história e pela cultura, com os elementos presentes em determinados games. Possibilitam que façam mais amizades, com os jogos de participantes múltiplos.
Incentivam exercícios físicos ao ensinar movimentos em modalidades esportivas que podem ser – e muitas vezes são – reproduzidos na vida real, como no basquete ou no skate.
Proporcionam a competição saudável e o exercício da liderança. E aproximam pais e filhos. Levantamento da Entertainment Software Association com cerca de 4 mil participantes reforça esse ponto.
Do total de entrevistados, 70% dos pais acreditam que os games trazem uma influência positiva na vida dos filhos, 90% estão presentes quando as crianças adquirem jogos novos e 94% acompanham de perto que tipo de atividade estão acessando as brincadeiras virtuais.
E enumeram ainda razões que os levam a jogar em família: é uma boa oportunidade para socializar com a turminha, possibilita monitorar o que estão fazendo on-line e é divertido para todos.
Para que todas essas vantagens sejam obtidas, é preciso que a exposição à tecnologia seja gerenciada conforme a faixa etária e o nível de compreensão.
No Manual de orientação sobre a Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital, a Sociedade Brasileira de Pediatria oferece dicas e informações importantes para o uso equilibrado desses recursos.
Uma das recomendações é limitar a utilização das mídias digitais em no máximo uma hora entre 2 e 5 anos.
Outra medida é proteger os menores de 6 anos de qualquer tipo de conteúdo virtual mais violento, já que nessa fase ainda não separam a fantasia da realidade.
Parabéns pelo site gostei muito. 😉
Muito obrigado, Maria!