No Dia Mundial da Educação, data comemorada hoje, 28 de abril, bom mesmo é poder falar sobre oportunidades! E um dos nossos erros é pensar em “futuro” como se fosse uma coisa muito distante, especialmente quando há menos profissionais preparados do que o necessário para preencher as vagas em tecnologia que não param de aparecer, todos os dias.
Porque o futuro é absolutamente agora e as notícias são muito boas. No auge dos debates pela conscientização do desenvolvimento de competências fundamentais para as demandas do século XXI, as carreiras tecnológicas estão no radar dos jovens e cada vez mais ao alcance deles.
Neste cenário, pegando carona com o Novo Ensino Médio – que oferece a estudantes a oportunidade de uma formação profissional e técnica dentro da carga horária do Ensino Médio regular – a Fundação Telefônica Vivo (FTV) encomendou um estudo realizado pela consultoria Integration Consulting, que recentemente mostrou que mais de 80% dos estudantes da rede pública de ensino têm interesse por uma formação técnica profissionalizante. Além disso, 43% dos estudantes demonstram interesse no curso técnico em Ciência de Dados.
O levantamento soou como música para os ouvidos dos dirigentes da FTV, instituição que tem como lema “digitalizar para aproximar”. Daí a pensar em um plano para acelerar esse processo foi um pulo: eis que a entidade lançou o primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados para os jovens do Ensino Médio, projeto que vem trazendo novas perspectivas a milhares de estudantes.
Este ano, a oferta formativa, que faz parte do Pense Grande Tech, está presente em escolas regulares, técnicas e centros de educação profissional com projetos-piloto nos estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
E esse é, certamente, só o começo de um trabalho, antes de tudo, desenhado com muito carinho. Por dias melhores para quem mais precisa: os alunos de baixa renda.
Entenda!
Parceria inédita
Convidado pela Fundação Telefônica Vivo, o Cieb (Centro de Inovação para Educação Brasileira) é o parceiro técnico do projeto, entidade responsável pelo desenvolvimento do primeiro currículo experimental técnico em Ciência de Dados para nível médio no Brasil.
O Cieb foi escolhido tanto por ser uma referência nacional na aplicação da tecnologia a serviço da aprendizagem quanto pela sua experiência no desenvolvimento de currículos em tecnologias. Por isso, as expectativas de Americo Mattar, diretor-presidente da FTV, são as melhores. “Na medida em que os conteúdos contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico, esperamos que os jovens possam tomar melhores decisões em suas vidas, contribuindo não só para a empregabilidade, mas também na formação de cidadãos conscientes do seu papel e protagonistas em suas vidas”, declara.
Também não ficaram de fora dessa construção os técnicos das Secretarias de Educação de diversos estados do Brasil, além da colaboração da Organização da Sociedade Civil (OSCIP) Social Good Brasil.
Ciência de Dados em eixos
O currículo de Ciência de Dados proposto pelo projeto é composto por eixos que colaboram para o desenvolvimento de três Formações Iniciais e Continuadas (FIC), com certificação intermediária de qualificação profissional em Gestão de Dados, Big Data e Análise de Dados.
As unidades curriculares poderão ainda ser trabalhadas como eletivas, de maneira transversal, no currículo do Ensino Médio regular e em diversos itinerários formativos que abordem o tema da Tecnologia.
“Também vale destacar que cada um dos três eixos contém uma unidade curricular chamada ‘projeto profissional’, cuja proposta é justamente aproximar o currículo da realidade profissional, por meio da sugestão de temáticas ligadas a desafios e situações do fazer profissional”, explica Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do Cieb.
Projeto-piloto nas Secretarias de Educação
Ciência de Dados não é um curso que consta no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) do Ministério da Educação e, por isso, sua aplicação é considerada experimental. Contudo, as redes de ensino podem ofertá-lo, desde que aprovados em seus respectivos Conselhos Estaduais de Educação (CEE), sendo posteriormente submetido ao MEC para inclusão do curso no catálogo, conforme a legislação vigente.
Nesses três estados (Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul), a implementação do projeto por parte da Fundação Telefônica Vivo inclui um guia de implementação e toda a documentação necessária para que o currículo possa ser integrado à dinâmica local. Contudo, a execução vai além.
“Faremos toda a formação dos professores das escolas selecionadas para o piloto, de ponta a ponta. Haverá acompanhamento ao longo de um ano com tutoria, que vai ser desenvolvida pelo Instituto Ânima. Também daremos apoio para idealizar qual é o perfil dos professores que podem integrar essa disciplina, descendo até o nível de materiais, sequências didáticas, planejamentos de aula, enfim, tudo o que for necessário para que de fato o projeto aconteça”, conta Lia Glaz, gerente sênior de Educação da Fundação Telefônica Vivo.
Jovens e Ciência de Dados
A geração Z, que compreende as pessoas nascidas entre 1922 e 2010, tem pressa. É mais decidida, confronta as adversidades de forma mais flexível e busca sempre as ferramentas tecnológicas para construir seus próprios universos laborais de forma mais assertiva.
[Entenda qual a relação da tecnologia com a geração Z no post]
As características descritas acima mensuram quais podem ser os impactos da democratização da educação em Ciência de Dados em um mundo que demanda cada vez mais por profissionais com habilidades e competências para tomar as melhores decisões que, com o avanço da tecnologia, são absolutamente baseadas em dados.
Neste cenário, a formação pretende colaborar para o crescimento pessoal e profissional dessa geração e, consequentemente, com o desenvolvimento do país, uma vez que a transformação digital da sociedade tornou a Ciência de Dados uma área crítica para todas as nações.
“Para nós, é fundamental apoiar o processo de formação dos jovens das escolas públicas, e as tecnologias digitais, além de um pilar fundamental para empregabilidade, fazem parte do desenvolvimento integral de todas as pessoas”, finaliza Américo.
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