O controle parental é uma discussão atual, que iniciou com o acesso em massa das crianças na internet. Não é novidade para ninguém que, hoje em dia, as crianças têm um instinto quase natural e lidam com a tecnologia de forma instintiva.
Com smartphones, computadores e tablets, a relação dos pequenos com a tecnologia é fluída e intuitiva. Na pesquisa realizada pelo TIC Kids Online Brasil foram revelados dados que confirmam o motivo dessa afinidade tão prematura:
É notável que a exposição das crianças a novas tecnologias está cada vez mais avançada e que os pequenos tendem a desenvolver essa relação de forma não saudável quando o controle parental não é frequente.
Onde o controle parental é essencial
Sendo assim, como os pais e responsáveis podem ter mais controle sobre o tipo de conteúdo que os seus filhos consomem? O primeiro passo, é claro, é identificar onde os acessos são feitos:
Além do aumento no índice de acesso de crianças à internet, a chegada do período de férias escolares enfatiza a necessidade do cuidado dos pais ao conteúdo inapropriado – dessa vez, em casa.
E a abordagem para iniciar esse controle não precisa ser tão negativa ou intimidadora para os jovens. Carla Poppa, doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP e professora de cursos de psicoterapia infantil no Instituto Sedes Sapientiae, tem algumas dicas: “Para que a criança entenda que este é um gesto de cuidado, os pais precisam ter clareza do seu objetivo ao implantar um sistema de controle parental”, comenta.
E ela completa: “A intenção precisa ser a de cuidar da relação da criança com a internet, oferecendo um apoio temporário até que ela conquiste a autonomia ou a capacidade de discriminar os conteúdos por conta própria”.
Além de reforçar algumas atitudes de cuidado, os pais e responsáveis podem contar com grandes aliados. Empresas como o YouTube e Netflix já disponibilizam configurações especiais para o público infantil, que podem ser estabelecidas previamente dentro dos navegadores de internet, aplicativos e serviços de streaming.
O controle utiliza algoritmos especiais e direciona os telespectadores para um conteúdo seguro e até mesmo educativo. Dessa forma, o jovem tem acesso apenas ao que é seguro e indicado para a sua faixa etária.
Quando se trata de adolescentes, as redes sociais se tornam o foco. Sendo assim, é importante se atentar a um ponto que, geralmente, é ignorado até pelos adultos: os termos e condições de uso.
No Facebook, é necessário ter ao menos 14 anos para criar um perfil (e isso denota autorização dos pais). Já o Instagram e o Twitter, impõem a idade mínima de 13 anos.
Poppa comenta que, neste momento, é preciso mostrar que essas medidas são importantes para a segurança: “Com pré-adolescentes e adolescentes, é possível explicar que se trata de um gesto de cuidado para evitar que eles fiquem vulneráveis ao mal-estar que o contato com alguns conteúdos inadequados pode provocar”.
Tão importante quanto às medidas protetivas, o diálogo e transparência entre pais e filhos são essenciais. A abordagem deve ser sutil, enquanto o controle deve ser frequente.
Dessa forma, os mais novos serão expostos a um ambiente digital seguro e que, de fato, pode contribuir para a sua formação e desenvolvimento educacional.
Como é a sua relação com os recursos de controle parental? Conte para a gente a sua experiência com as crianças na internet e o uso de aplicativos e sites nos comentários abaixo!