Navegando e cuidando da privacidade digital

5 de janeiro de 2016

A Internet pode ser considerada uma gigantesca praça pública. Provavelmente a maior de todas por sua dimensão planetária. Com a massificação do acesso e o uso contínuo via dispositivos móveis como celulares e tablets, é cada vez mais difícil diferenciar o que é estar “online” e “offline” e cuidar da privacidade digital.

Uma coisa é certa, apesar de ainda haver muitas pessoas excluídas do mundo digital, boa parte de nossas vidas passa por esses ambientes que são mais do que reais.

Não faz mais muito sentido aquela ideia de que a internet é um mundo paralelo, um espaço separado e apenas “virtual”. A internet reflete o que temos na sociedade, sejam as melhores conquistas e inteligências, assim como as diferentes situações de violência.

A internet é perigosa?

Como espaço público, ela também é usada e frequentada por pessoas mal-intencionadas. Essas pessoas é que são perigosas e precisam ser evitadas, não a Internet.

Assim como em outros ambientes, precisamos ter informação, consciência e responsabilidade para vivermos em privacidade digital sabendo evitar sempre que possível e enfrentar quando necessário os perigos.

Um dos desafios para a privacidade digital dos usuários é que muitas pessoas ainda não percebem a dimensão pública das redes e acabam se comportando como se estivessem apenas em um pequeno grupo privado de amigos.

Dessa forma, por vezes não se considera que, ao publicar algo em formato digital, dificilmente podemos ter controle sobre quem vai ver e usar nossas informações pessoais.

Apesar de usarem muito a Internet, nem sempre as crianças aprendem sozinhas a entender essa dimensão e criar habilidades para se proteger. Os pais, mesmo que não dominem as ferramentas, precisam acompanhar e ajudar os filhos a terem capacidade de desfrutar desta grande praça com os devidos cuidados.

São vários os crimes possíveis na rede: violência sexual, golpes, humilhação, ameaça, extorsões e até sequestro. Aqui mesmo no Brasil, um garoto de nove anos de Santa Catarina ficou cinco dias nas mãos de sequestradores. Na delegacia, um dos criminosos revelou que conseguiu informações sobre onde o menino estudava e sobre a rotina da família em uma rede social.

Consciente do risco, a vendedora Tatiane Fonseca acompanha o que a filha de oito anos publica nas redes. “Já vi filhos de amigos meus divulgando o número do telefone de casa para outro amigo no Facebook. Eles fazem na ingenuidade, achando que só aquela pessoa vai ver”.

Outro cuidado que Tatiane tem é com o serviço de geolocalização, o famoso check-in presente em várias redes sociais. “Não gosto dessa ideia de anunciar todos seus passos, aonde você vai ou deixa de ir. Temos que pensar que somos vigiados o tempo todo, então, acredito que o ideal é falar e se expor o menos possível”, avalia.

Preocupados com o uso imprudente, alguns pais, em um primeiro impulso, acabam proibindo os filhos de usarem as redes sociais, mas segundo os especialistas, essa pode não ser a melhor saída. “Isso não ajuda, muito pelo contrário, instiga a criança ou adolescente a ir atrás. E se não permitimos, como eles vão aprender a gerenciar os riscos?”, questiona Thaís Ribeiro, especialista em Direito Digital.

Uma das maneiras de garantir segurança dos filhos é acompanhar de perto o que eles fazem na Internet, se interessar por suas atividades e aprenderem juntos. Sempre ouvir antes de julgar, condenar ou repreender quando tentarem falar de algum problema que estão passando online.

Faça boas escolhas online em prol da privacidade digital:

  • Ao publicar, se perde o controle sobre quem pode ver, gravar e usar as informações.
  • As informações ficam gravadas nos servidores mesmo depois de excluídas pelo usuário.
  • Somos responsáveis legalmente por tudo o que publicamos.
  • Há criminosos e oportunistas buscando os detalhes que precisam para golpes e crimes. Não facilite a vida deles, evite detalhes íntimos em ambientes públicos como as redes digitais.
  • Check-in é uma informação preciosa sobre sua rotina. Avalie bem as configurações de privacidade dos aplicativos que usam sua posição geográfica.
  • Não force a barra e respeite seus amigos e familiares que não querem de se expor nas redes sociais. Nem todos gostam de compartilhar seu cotidiano.
  • Arrume algum tempo para ler os Termos de Privacidade dos sites e aplicativos que você mais usa. Não concorde sem ler, não dê este cheque em branco.

Seguindo essas dicas fica muito mais fácil e seguro de navegar pela internet e cuidar da privacidade digital! 🙂

Fonte: Dialogando - Navegando e cuidando da privacidade digital Dialogando

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