Terceira idade conectada também está no alvo das fake news

24 de agosto de 2018

Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas do Reino Unido dá pistas sobre o impacto das fake news. O estudo apontou uma utilização 50% maior das redes sociais por pessoas acima de 65 anos em 2016.

Indicou ainda que consumidores na faixa etária entre 55 e 64 anos já ultrapassaram os de 16 a 24 anos no volume de compras online de viagens, alimentos e utilidades domésticas.

Já o relatório da agência reguladora de comunicações Ofcom mostra que subiu de 13% em 2012 para 41% em 2016 a proporção de idosos acima de 75 anos que possuem um perfil nas redes sociais; entre 65 e 74 anos, este crescimento foi de 28% para 48%, respectivamente.

No Brasil, 53% dos maiores de 60 anos acessam a internet, sendo 39,3% diariamente, segundo estudo do Serviços de Proteção ao Crédito.

Todos esses dados reforçam que a presença dos internautas da terceira idade no universo digital cresce a cada dia. Não por acaso, viraram alvo também das fake news e suas ameaças.

Adeptos do envelhecimento ativo, os usuários mais sêniores encontraram nas redes sociais uma ferramenta incrível para afastar a solidão, estar sempre em contato com os familiares e amigos, combinar passeios e adquirir produtos com mais comodidade.

Mas, ao contrário da geração que já nasceu praticamente conectada, não viveram essas novas tecnologias em seu dia a dia.

O estudo da Ofcom ressaltou que 21% dos usuários acima de 75 anos acessou a internet pela primeira vez nos últimos cinco anos, um taxa duas vezes maior do que a média nas outras faixas etárias.

Os cibercriminosos contam com essa pouca familiaridade para tentar ludibria-los, espalhando inúmeros tipos de vírus disfarçados de notícias relevantes – só que falsas. Ao clicar nesses links, acabam instalando softwares que permitem o roubo de dados e valores.

Em muitos casos, os posts falsos tratam de temas que são de grande interesse dos usuários da terceira idade, sejam ligados à saúde, benefícios governamentais ou mesmo com apelos solidários, como campanhas inexistentes para ajudar crianças doentes.

As notícias abaixo são todas fake news recentes e foram investigadas e desmentidas por sites especializados como Boatos.org.

Para azar dos malfeitores, além de estar gradualmente ganhando mais prática no mundo virtual, os internautas sêniores contam também com aquela cautela que só a experiência traz.  

O mapeamento da Ofcom aponta que 74% dos respondentes acima de 55 anos ressaltaram que não compartilham artigos no Twitter ou Facebook  sem ler todo o conteúdo, acima da média de 60% dos demais entrevistados.

Como ampliar a segurança digital

  • Não clique em links recebidos por e-mail ou WhatsApp, especialmente de pessoas desconhecidas. Para checar a informação, pesquise no Google ou visite o site oficial das lojas ou entidades mencionadas. Isso vale também para aquelas ofertas e promoções irresistíveis ou muito boas para serem verdade – não são.
  • Não publique informações de ordem pessoal nas redes sociais, como telefones e endereços, e restrinja a visualização de seus posts somente a seus amigos. Para saber como fazer isso passo a passo no Facebook, clique aqui, e no Twitter, clique aqui.
  • Não aceite solicitações de amizade de desconhecidos.
  • Todas as redes sociais coletam determinados dados do usuário e os utilizam de diferentes maneiras. O Facebook, por exemplo, analisa suas atividades e páginas que mais acessa para exibir a você anúncios customizados. Leia a Política de Privacidade do site, jogo ou aplicativo para saber o que você está autorizando e se está confortável com isso.
  • Adote ferramentas que ofereçam maior proteção contra ataques. Aplicativos como o Vivo Protege oferecem recursos que atendem de uma só vez todas as necessidades. De fácil utilização, é compatível com todos os sistemas operacionais dos celulares, garante segurança para navegação, transações bancárias e utilização de redes públicas de wi-fi.

Se você gostou do assunto, confira o podcast especial que gravamos sobre fake news.

Fonte: Dialogando - Terceira idade conectada também está no alvo das fake news Dialogando

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Comentário(s)

  • Artigo extremamente oportuno e necessário. Compartilhado.
    Abraço e bom trabalho.

    1. É muito bom continuar contando com você aqui no Dialogando, Juraci! Parceria para todas as horas. ?

  • Fui surpreendida, com insultos de ignorante, propagadora de mentiras e ameaça de que seria denunciada e processada por ter compartilhado de um parente, algo que pessoas dizem ser fake.
    Logo após, tentei fazer um teste para ver como seria minha aparência quando idosa, e o resultado foi o mesmo que sou atualmente, a surpresa foi no teste para uma maquiagem, que o teste não me fornece resultado, mas o antivírus alerta 0% de segurança.
    Não consegui identificar a fonte no messenger, informando que isso se trata de roubo de informações sobre o usuário.
    Tudo isso é para agradece-los pelas informações e orientações que foram muito valiosas1

    1. É muito difícil passar por algumas situações desagradáveis e toda orientação é útil. Que bom que podemos ajudar, Vera!

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