Um museu cheio de crianças em frente a uma tela, de cores vibrantes e traços quadriculados. Uma cutuca outra e diz: “Esse é meu favorito!”, ao que a outra responde: “Prefiro o que vimos antes, era mais simples, mas até que dá pra passar horas em frente da tela sem pensar em outra coisa”.
A obra de arte não é do Mondrian ou Picasso, mas de jogos eletrônicos das décadas de 1980 e 1990, que saíram das casas e invadiram museus.
Em cartaz até novembro no Pavilhão da Bienal Internacional de Arte de São Paulo, a exposição A Era Dos Games apresenta para uma nova geração jogos clássicos como Pong e Donkey Kong. E não é arte só para apreciar olhando, mas também jogando.
Para Patrick Moran, curador da mostra, os jogos vão além do entretenimento: “Videogames são arte e também podem ser esporte ou um evento social”.
Eventos como esse não são mais exceções. Desde 2013, quando o Museu de Arte Moderna de Nova York abriu uma exposição permanente de videogames, o assunto passou a ser encarado com muito mais seriedade (mas sem perder a diversão, é claro).
O museu do videogame no Brasil
Inclusive, o Brasil não ficou atrás neste assunto e alguns anos depois o jornalista Cleidson Lima criou o Museu do Videogame Itinerante, o primeiro do gênero no país e que é reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Museus.
Além dos jogos, muitos outros eletrônicos vêm conquistando seu espaço e quebrando preconceitos com a tecnologia. O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE) encerrado há pouco, por exemplo, completou 18 edições com artistas estrangeiros e brasileiros que apresentaram tanto GIFs quanto instalações interativas.
É fã de jogos? Dê um ‘pause’ na correria e um ‘play’ nos jogos com um novo olhar!
Jogadores tem um tempo diferente dos demais. O jogo é um eterno “agora ou nunca “.